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Mais testado, robusto e conservador, assim Fernando Ulrich, head de educação da Liberta Investimentos e veterano do segmento, define o bitcoin, que para ele continua a caminho de se tornar o “ouro digital”, um porto seguro para investidores diante do comportamento, para ele, pouco confiável dos bancos centrais.
Na avaliação de Ulrich, apesar de promissoras, as aplicações de finanças descentralizadas ainda estão em estágio muito inicial, de modo que não há que se falar ainda em algum protocolo, mesmo o ethereum, que seja tão forte quanto o bitcoin para navegar em crises como a atual.
“Tem muita coisa empolgante, mas experimental. Não é tão provado no tempo, com a mesma segurança e resiliência que encontramos no BTC”, afirma. Para ele, o segmento de DeFi ainda é muito novo e os softwares precisam ser testados.
Apesar da cada vez maior integração entre o mercado financeiro tradicional e o mundo das criptomoedas ter feito crescer a correlação entre o preço do bitcoin e ações, Ulrich avalia que é questão de tempo até que o bitcoin cumpra sua vocação de se tornar um porto seguro. “O que falta é tempo. Estamos acostumados com o ouro há 5 mil anos. É uma commodity com demanda e que possui uma oferta limitada. O bitcoin, por sua vez, tem uma oferta previsível, então a indefinição vem toda da demanda. Se tem uma demanda crescente com uma oferta estável, deve continuar a se valorizar com o tempo”, argumenta.
“Eu considero bitcoin como muito diferente do resto. Ethereum e as demais altcoins trazem muita inovação, mas vejo mais desafios”, resume.
Ulrich diz também que tem reservas com a atualização que o ethereum pretende lançar em sua rede no dia 19 de setembro, o tão aguardado “The Merge”. O especialista entende que a agenda ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa, na sigla em inglês) está passando na frente da segurança nas prioridades dos desenvolvedores do ethereum, algo que seria ruim para o protocolo. “A mudança de Proof of Work para Proof of Stake é proposta pelo argumento inadequado. A preocupação é com sustentabilidade e a segurança fica em segundo plano.”
Em relação à hipótese conhecida como “flippening”, segundo a qual o ethereum um dia terá um valor de mercado maior que o do bitcoin por ter uma abrangência maior de aplicações, Ulrich responde que é algo que pode ocorrer e esteve bem perto disso em 2018, mas que não é a métrica correta para definir o sucesso de um criptoativo. “Como precificar algo que é moeda?”, questiona.
Ulrich acredita que o bitcoin tem uma comunidade muito mais conservadora, que preferiu manter a moeda com uma tese fundamentada em prover segurança e garantir um ecossistema livre de interferências do governo aos seus usuários. “O bitcoin é o único que identificou seu foco, a segurança.”
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