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O líder da organização jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria foi morto em uma operação americana com um drone, anunciou o Departamento de Defesa dos Estados Unidos nesta terça-feira (12/07).
Maher Al-Agal, descrito pela Pentágono como “um dos cinco mais altos dirigentes do EI”, foi morto quando se deslocava de motocicleta perto da cidade de Jindires, no norte da Síria, disse o porta-voz do comando central do Pentágono, tenente-coronel Dave Eastburn.
No mesmo ataque, o conselheiro mais próximo a Al-Agal ficou “gravemente ferido”, informou o Pentágono, acrescentando que não houve vítimas civis.
“Além de ser um líder de alto escalão dentro do grupo, Al-Agal foi responsável por buscar agressivamente o desenvolvimento de redes do EI fora do Iraque e da Síria”, afirmou o Pentágono em um comunicado.
“A remoção desses líderes do EI interromperá a capacidade da organização terrorista de planejar e realizar ataques globais”, acrescentou.
De acordo com a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), o ataque provocou a morte de Al-Agal e de seu acompanhante.
A ONG Defesa Civil Síria, conhecida também como “Capacetes Brancos”, confirmou que uma pessoa foi morta e outra ficou ferida em um ataque que teve como alvo uma motocicleta nos arredores de Aleppo, mas não identificou as vítimas.
Segundo um porta-voz das Forças Democráticas Curdas da Síria, aliadas dos EUA, os dois homens atingidos tinham ligações com o Ahrar al-Sharqiya, grupo armado que opera no norte da Síria.
O grupo conta com ex-líderes e membros do Estado Islâmico e outros grupos jihadistas e já realizou ataques contra alvos curdos dentro de áreas controladas pela Turquia no norte da Síria.
O Ahrar al-Sharqiya foi responsável pelo assassinato, em 2019, da proeminente política curda Hevrin Khalaf, que provocou condenação internacional.
Em julho de 2021, o Tesouro dos EUA colocou o grupo em sua lista de sanções. “Ahrar al-Sharqiya cometeu vários crimes contra civis, particularmente curdos-sírios, incluindo assassinatos, sequestros, tortura e apreensão de propriedades privadas”, disse o Tesouro.
Segundo o órgão, o grupo controla um grande complexo prisional fora de Aleppo “onde centenas foram executados desde 2018”. A prisão também é usada para coordenar operações de sequestro, que tem como alvo empresários e políticos da oposição nas províncias de Idlib e Aleppo.
Os dois últimos assassinatos de líderes do Estado Islâmico ocorreram em áreas controladas pela Turquia no norte da Síria, onde grupos como o Ahrar al-Sharqiya estão ativos e têm conhecimento local do terreno e das famílias.
A morte desta terça ocorre cinco meses após um ataque noturno dos EUA na cidade de Atme, que levou à morte do líder geral do Estado Islâmico Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi. Segundo autoridades dos EUA, Quraysh morreu quando detonou uma bomba para evitar a captura.
No mês passado, um ataque de drone dos EUA matou um líder sênior do grupo Horas al-Din, Abu Hamzah al Yemeni.
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