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Yenifer Paredes, cunhada do presidente do Peru, Pedro Castillo, se entregou nesta quarta-feira (10) à justiça, após buscas na residência presidencial e na casa familiar do mandatário. Ela era procurada por suposto envolvimento em uma rede de corrupção e lavagem de dinheiro que, segundo a justiça, seria chefiada pelo líder peruano.
“O fato da minha cliente [Yenifer Paredes] ter se entregado pegou eles [os promotores] de surpresa, estamos no Ministério Público”, confirmou o advogado José Dionísio à rádio local RPP. Paredes tem 26 anos e considera o presidente e a primeira-dama seus “pais”.
A procura pela suspeita começou na terça-feira (9), quando as autoridades realizaram uma busca sem sucesso no Palácio do Governo, em Lima. As investigações continuaram na manhã de quarta-feira, com uma visita dos oficiais à casa da família de Castillo em Chugur, na província de Chota, norte do Peru.
Paredes começou a ser investigada depois que uma televisão local transmitiu um vídeo onde ela é vista coordenando a execução de um projeto de saneamento em Cajamarca, mesmo não sendo parte de nenhum órgão estatal.
A justiça vem estreitando o cerco contra Castillo, que enfrenta cinco investigações fiscais por suposta corrupção. O Superior Tribunal de Justiça autorizou na terça-feira a exigência fiscal para a busca, já que a cunhada do presidente indicou até três endereços em seus documentos de identidade.
Uma fonte policial de Chota garantiu à AFP que a operação foi realizada com promotores e policiais de Lima “para evitar vazamentos” e protestos entre os moradores.
Em coletiva de imprensa, Patrícia Benavides, promotora-geral do Peru, rejeitou alegações de que o Ministério Público estaria seguindo uma agenda política pré-determinada. “Não somos a favor nem contra ninguém. Somos movidos apenas pela busca da verdade e pelo cumprimento da lei. Na minha qualidade de autoridade máxima do Ministério Público, exorto os atores políticos, investigados ou não, a respeitar a autonomia do Ministério Público”, afirmou.
Sobre este caso, Paredes já havia sido intimada a depor perante o Ministério Público e a comparecer perante uma comissão de controle do Congresso peruano, em meados de julho.
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