China pode ter menos de 10 milhões de nascimentos anuais pela 1ª vez sob regime comunista | Mundo

China pode ter menos de 10 milhões de nascimentos anuais pela 1ª vez sob regime comunista | Mundo

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Quase duas dúzias de regiões chinesas experimentaram uma queda percentual de dois dígitos nos nascimentos em 2022, mostra pesquisa “Nikkei Asia”. O país pode ficar abaixo da marca de 10 milhões de nascimentos em um ano inteiro pela primeira vez desde que o Partido Comunista assumiu o controle, há mais de 70 anos.

O declínio ocorre porque os chineses estão se preocupando mais com a renda em uma economia em desaceleração, e assim adiam o casamento. As autoridades têm tentado promover a formação de famílias, sem sucesso.

Dados revisados pelo “Nikkei Asia” indicam que os nascimentos seguem em queda este ano.

Os dados divulgados por 27 províncias, cidades e autoridades locais menores variam de acordo com a localização e incluem nascimentos registrados e consultas médicas para recém-nascidos. Dos locais, todos, exceto a cidade de Guiyang, registraram menos nascimentos do que no mesmo período de 2021. Vinte e dois tiveram quedas de dois dígitos, com algumas sofrendo recuos entre 30% e 40%.

Os 27 locais representam cerca de apenas 1% do total na China. Ainda assim, “a tendência nacional de declínio de nascimentos permanece inalterada”, disse uma fonte do Partido Comunista.

Em maio do ano passado, o Partido Comunista Chinês começou a permitir que casais tivessem um terceiro filho. Apesar da mudança, os nascimentos caíram 12% em 2021, para 10,62 milhões, o menor número desde a formação da República Popular da China, em 1949.

Tempos difíceis sob a estratégia de contenção “zero-covid” da China parecem ser um fator por trás da tendência. A renda disponível real per capita cresceu apenas 3% de janeiro a junho deste ano, em comparação com 5,2% em média no mesmo período de 2020 e 2021, enquanto o custo de vida e os preços das residências permaneceram altos nas cidades.

“Com todos percebendo que criar filhos, incluindo o custo de aulas particulares, é caro, a incerteza de renda entre as gerações mais jovens desencoraja os nascimentos”, disse uma fonte do Partido Comunista.

Mais chineses estão se casando mais tarde também. Cerca de 7,6 milhões de casais se formaram na China em 2021, 6% menos do que em 2020, segundo o Ministério de Assuntos Civis. Dessas pessoas, 48% tinham 30 anos ou mais – um aumento de 18 pontos percentuais em uma década.

O número de casamentos entre pessoas de 20 a 29 anos corresponde ao número de nascimentos no ano seguinte, de acordo com Yi Fuxian, cientista sênior da Universidade de Wisconsin-Madison e especialista em demografia chinesa. Os casais que se casaram entre 20 e 29 anos caíram 9% em 2021, superando o declínio geral entre as faixas etárias.

O governo está aumentando o apoio às famílias em um esforço para conter o declínio nos nascimentos. Em agosto, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, um dos principais órgãos de planejamento econômico, pediu a expansão dos cuidados infantis. A comissão disse que um terço das famílias urbanas precisa desses serviços, e que sua escassez era o principal fator que impedia as famílias de terem filhos.

Ainda assim, não está claro se esses esforços atendem às necessidades reais das famílias que criam os filhos.

Em uma pesquisa realizada no verão passado pela Southwestern University of Finance and Economics e seus parceiros, mais entrevistados citaram pensões de aposentadoria do que qualquer outra opção para incentivar casais a ter filhos. Isso porque as pessoas em idade ativa geralmente apoiam os pais idosos na China, e é improvável que desejem ter filhos, a menos que seus encargos financeiros sejam aliviados por redes de segurança aprimoradas.

Outras respostas populares incluíram a simplificação do caro sistema educacional da China e a oferta de subsídios. Mas, apesar da demanda por esse apoio de médio e longo prazo, os esforços do governo tendem a se concentrar nos custos do parto e outras preocupações para casais com filhos muito pequenos. Grandes novos programas de subsídios não são uma jogada fácil para governos locais sem dinheiro.

A população da China em 1º de julho havia caído em relação ao ano anterior, de acordo com o último relatório das Nações Unidas sobre as Perspectivas da População Mundial. Com a expectativa de que as mortes – 10,14 milhões em 2021 – só aumentem à medida que a China envelhece, os dados oficiais do país também podem em breve apontar para uma população cada vez menor.

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