A viagem de avião decorre sem sobressaltos, a maioria aproveita para descansar depois destes dias difíceis, as crianças permanecem acordadas e entretidas com os desenhos para colorir que lhe foram distribuídos.
O avião aterra no aeroporto militar de Figo Maduro, os refugiados são encaminhados para um pavilhão, onde são recebidos pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e pelo Alto Comissariado para as Migrações. É-lhes dada uma refeição. De seguida, e já noutra sala, são recebidos pelos paroquianos do Campo Grande. À sua espera têm um kit de boas-vindas, com comida e roupa, e brinquedos para as crianças. Ninguém se vai embora, sem que a organização se certifique que têm alguém à sua espera, no exterior, ou transporte para se encontrarem com as famílias que os vão acolher.
A finalidade da paróquia, explica Cláudia Lourenço, voluntária e secretária da paróquia, é “ser uma base para estas famílias”, que vão um pouco para todo o país. A missão humanitária não acabou no aeroporto de Figo Maduro. O avião regressou à capital polaca carregado com nove toneladas de ajuda, não só da paróquia, mas também de outras recolhas realizadas em Portugal