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Os discos novos, prontos a lançar nesta rentrée, não são obra de nomes novos do panorama musical. Pelo contrário, à exceção de Marlon Williams, as novidades mais relevantes que identificámos são de gente que anda de palco em palco há já várias décadas – começando logo por Madonna, que lança hoje mesmo um disco com os seus 50 hits que chegaram a número 1.
Madonna
Finally Enough Love: 50 Number Ones
Warner
Depois da versão simplificada Finally Enough Love, lançada apenas em streaming e contendo 16 faixas, chega hoje, 19 de agosto, aos escaparates a coletânea completa e remisturada das 50 canções de Madonna que alcançaram o número 1 do top americano Billboard Dance Club Songs. A Rainha da Pop registou o seu 50.º hit a atingir a primeira posição da lista em 2020, quando I Don’t Search I Find, do álbum Madame X, chegou ao topo da tabela. No meio de algumas faixas mais surpreendentes, em que as remixes e as edições acrescentam novidade, é possível encontrar clássicos – Like a Virgin, Material Girl, Vogue, Like a Prayer, entre outras – em versões menos conhecidas, senão mesmo totalmente desconhecidas por cá, uma vez que são misturas para rádio ou de 7 polegadas (45 rotações) muito raras em Portugal.
Muse
Will of the People
Warner
Os seguidores dos Muse já saberão ao que vão quando, no próximo dia 26, correrem para as lojas para comprar o 9.º álbum de originais da banda. O sucessor de Simulation Theory, lançado já lá vão quatro anos – a verdade é que os Muse desde os três primeiros discos, editados com intervalos de dois anos entre si, nunca forçaram a saída do álbum seguinte: levaram sempre o seu tempo –, vem sendo antecipado desde o início deste ano. O primeiro single, Won’t Stand Down, foi lançado a 13 de janeiro, seguindo-se o desvendar de outros três temas: Compliance, em março, Will of The People, em junho, e Kill or Be Killed, em julho. Sobram seis músicas por desvendar, mas é provável que entre essas se encontre uma ou mais pérolas com o selo de qualidade da banda de Matthew Bellamy.
Marlon Williams
My Boy
Dead Oceans
Se o resto do disco estiver alinhado com o single – homónimo do álbum, My Boy –, estaremos então perante um LP em que o músico e compositor neozelandês exibe, uma vez mais, toda a sua coolness. My Boy é, pelo menos, tão cool quanto What’s Chasing You, o que é dizer muito. Marlon Williams, cuja inspiração em crooners de outras décadas e em abordagens dos primórdios do rock and roll é notória, apresenta neste single uma sonoridade que mais parece um revivalismo de uns certos anos 80. O segundo single, Thinking of Nina, confirma absolutamente esta primeira impressão e leva-a ainda mais longe: beats seguros, simples, e repetitivos e dançáveis no meio de sintetizadores. A 9 de setembro, data de saída do disco, saberemos que outras surpresas traz My Boy.
Yeah Yeah Yeahs
Cool It Down
Secretly Canadian
É o quinto álbum de estúdio em mais de 20 anos de carreira dos Yeah Yeah Yeahs, e só isto devia ser motivo suficiente para estarmos de orelhas alçadas para escutar com atenção o que contém. Mas há mais: este é o primeiro disco de originais que a banda da carismática Karen O traz ao mundo após a reunião da banda, em 2017, que se seguiu a um hiato de quatro anos em que o trio autor do fabuloso Fever To Tell (2003) aproveitou para pensar na vida e para perder tempo, que podia ter sido aplicado a conceber mais discos geniais. Acerca de Cool It Down ainda não se sabe muito, para além dos títulos das músicas e da duração total do registo, que é curtíssima, pouco passa da meia-hora. O single, Burning, mostra uns Yeah Yeah Yeahs absolutamente em forma, com um instrumental mais complexo do que era usual, e deixa água na boca. O álbum é lançado a 30 de setembro.
Pixies
Doggerel
BMG
Os Pixies, embora não sejam exatamente “aqueles” Pixies (sejamos honestos: 35 anos e menos uma Kim Deal mais tarde, seria impossível chegarem, ainda que remotamente, perto do que conseguiram fazer em Doolittle, por exemplo), continuam a ser os Pixies: encerram atividade, depois conversam, a seguir reúnem-se, por fim entram num estúdio e acabam por fazer um disco, e assim sucessivamente. Desta vez, embalados pelas novas tendências incentivadas pela consciência contemporânea, enfiaram-se num estúdio amigo do ambiente no Vermont e gravaram Doggerel. É o oitavo álbum da banda e o quarto desde a reunião (mais ou menos) definitiva após a saída de Deal (que anda a preparar coisas com as Breeders – é estar atento). O single, There’s a Moon On, soa a qualquer coisa algures entre os velhos Pixies e uns Pixies velhos, o que já não é nada mau. O disco é lançado a 30 de setembro.
Red Hot Chili Peppers
Return of the Dream Canteen
Warner
Alguém andou a aproveitar muito bem os tempos de confinamento e a compor compulsivamente perante a impossibilidade de andar em tournée: depois de 11 álbuns de originais em 32 anos, os Red Hot Chili Peppers lançam o segundo disco este ano. Depois de Unlimited Love – um compêndio com 17 músicas e 73 minutos de duração editado em abril –, a muito madura banda da Califórnia apresenta a 14 de março mais um disco de dimensões enciclopédias. Return of the Dream Canteen traz mais 17 faixas e é o 13.º registo de estúdio da banda de Flea, de Anthony Kiedis e do recém-regressado John Frusciante, rapazes que andam aos pulos pelos palcos deste mundo há mais de 40 anos. É obra.
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