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As principais criptomoedas derreteram nesta terça-feira após um dos piores pregões em mais de dois anos em Wall Street, demonstrando o quanto os criptoativos estão hoje integrados aos ativos de risco nos mercados tradicionais.
O “sell-off” veio após o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) de agosto surpreender com uma inflação ainda resiliente, o que pode levar o Federal Reserve a ampliar o aperto monetário, com estrategistas vendo a possibilidade de uma alta de juros de 1 ponto percentual agora em setembro.
Com a derrocada desta terça, o bitcoin teve uma desvalorização de quase 10% e o ethereum chega enfraquecido à véspera da maior atualização da blockchain, na casa de US$ 1.600 e bastante atrás das previsões de que a segunda maior criptomoeda pudesse atingir US$ 2.100 nesta data. O upgrade da rede é previsto para ocorrer entre amanhã e quinta-feira.
Na contagem regressiva para a atualização do Ethereum, os investidores já estavam cautelosos com o ether diante de eventuais contratempos e preferiam se refugiar no bitcoin, que até então mantinha os ganhos dos últimos dias. Com a inflação mais resistente nos EUA, no entanto, a maior das criptomoedas desmoronou, arrastando junto as demais criptomoedas.
O CPI (Índice de Preços ao Consumidor) indicou uma inflação de 0,1% em agosto, na comparação com o mês anterior, acelerando em comparação à leitura estável de julho e contrariando a expectativa dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de queda de 0,1% nos preços. Na base anual, o CPI indicou alta de 8,3%, também acima das expectativas de consenso, de alta de 8,0%.
A bolsa de Nova York encerrou o dia com baixa de 3,94% no índice Dow Jones e de 4,32% no S&P 500. A Nasdaq, referência em tecnologia e fortemente correlacionada às criptomoedas, desabou 5,16%.
Desde a semana passada, aumentou a busca por hedge para proteger apostas mais longas no ether, adiantando também os efeitos da máxima de mercado do “compre no boato e venda no fato”.
Perto das 18h35 (horário de Brasília), o bitcoin tinha baixa de 9,5% nas últimas 24 horas, negociado a US$ 20.185,81, e o ether, moeda digital da rede ethereum, recuava 6,6% para US$ 1.596,56, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas era de US$ 1,04 trilhão. Em reais, o bitcoin registrava baixa de 8,15% a R$ 104.766,12 e o ethereum tinha desvalorização de 5,49% a R$ 8.282,84, de acordo com valores fornecidos pelo MB.
André Franco, chefe de pesquisa do MB, destaca que a proximidade da atualização do Ethereum, que está a poucas horas para o Merge, tem movimentado o mercado para baixo.
“Se os dias anteriores do bitcoin foram de alta, os do ether foram de baixa. Isso porque, uma parte dos holders está precificando o risco de execução da atualização, que apesar de ser muito baixo, existe e gerou apreensão nos investidores. Nos dados on-chain continuamos a ver um acúmulo dos long term holders (LTH), que de ontem para hoje ‘acumularam’ 7 mil bitcoins”, disse.
Segundo a Bloomberg, os produtos de investimento baseados em éter tiveram saídas de cerca de US$ 62 milhões na semana passada, respondendo pela maior parte do dinheiro retirado de veículos de ativos digitais, de acordo com dados da CoinShares. Isso ocorreu “apesar da maior certeza da Merge e talvez destaque uma preocupação entre os investidores de que o evento pode não sair como planejado”, escreveu James Butterfill, chefe de pesquisa da CoinShares, em nota.
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