[ad_1]
Um total de 173 civis morreram e 37 foram sequestrados entre fevereiro e maio deste ano no Sudão do Sul, segundo a ONU. As mortes aconteceram em confrontos entre forças próximas ao presidente, Salva Kiir, e a seu rival, o vice-presidente Riek Machar.
Os confrontos ocorreram nas regiões de Koch, Leer e Mayendit, localizadas a cerca de 400 km ao norte da capital Juba, no estado de Unity. “As hostilidades no sul do estado de Unity afetaram pelo menos 28 cidades”, afirma o relatório da Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (Unmiss).
A análise da ONU também indica que diversas vítimas de sequestros sofreram violência sexual, incluindo crianças: em um dos casos, uma menina de nove anos morreu após um estupro coletivo. Ao todo, 131 casos de estupro e estupro coletivo foram registrados na área durante o período.
Embora facções de ambos os lados estejam envolvidas, forças governamentais e milícias leais ao presidente Salva Kiir são “os principais responsáveis por violações e abusos dos direitos humanos”, de acordo com a ONU, que cita ataques premeditados por parte do grupo.
“As violações dos direitos humanos foram cometidas com total impunidade”, lamentou Nicholas Haysom, enviado especial da ONU ao Sudão do Sul. A instituição estima que os eventos recentes levaram 44 mil pessoas a fugirem de casa.
Desde sua independência do Sudão, em 2011, o Sudão do Sul tem sido palco de violência político-étnica e sofre de instabilidade crônica. Isso impede que o país se recupere da sangrenta guerra civil que causou quase 400 mil mortes e deslocou milhões de pessoas, entre 2013 e 2018.
Um acordo de paz de 2018 prevê a divisão de poder dentro de um governo de união nacional, que foi formado em fevereiro de 2020 e colocou Kiir como presidente e Machar como vice-presidente da nação africana. O pacto, entretanto, não foi cumprido.
[ad_2]
Source link