A ideia é que o governo federal assuma os custos da usina, administrada pela empresa PG&E.

O projeto de lei, que ainda precisa de assinatura do governador do Estado, Gavin Newsom, prevê um empréstimo de US$ 1,4 bilhão para manter a Diablo Canyon operacional até outubro de 2030. Porém, o empréstimo depende do Departamento de Energia dos EUA, que ainda não confirmou o repasse.

A medida ocorreu horas depois que as autoridades da Califórnia declararam emergência da rede estadual de energia em meio a uma forte onda de calor, alertando sobre possível falta de energia.

A PG&E agora tem até o dia 6 de setembro para solicitar o financiamento federal, parte de um programa de US$ 6 bilhões para ajudar usinas nucleares em dificuldades. A empresa também deve convencer a Comissão Reguladora Nuclear a estender as licenças de operação dos dois reatores da usina, um processo que pode levar vários anos.

Se entre agora e 2024 os reguladores de energia da Califórnia decidirem que a energia da usina não é necessária, o estado pode rescindir o empréstimo. A votação aconteceu após duas semanas de intensas negociações sobre o destino da fábrica.

Embora Newsom tenha começado a falar em abril sobre manter a Diablo Canyon aberta – após anos apoiando seu fechamento – ele esperou até o final da sessão legislativa para apresentar a proposta que autorizaria uma extensão de operação por mais 10 anos.

O timing da proposta irritou os legisladores democratas, já relutantes em conceder um adiamento à usina. Ambientalistas lutaram por décadas para fechar a Diablo Canyon, que fica em um penhasco costeiro entre Los Angeles e São Francisco e é cercado por falhas geológicas.