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Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, fez críticas à neutralidade do Brasil em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia durante a entrevista que deu à TV Globo. O presidente Jair Bolsonaro conversou com Zelensky no dia 19. Na conversa, o líder do Brasil voltou a afirmar que vai ficar neutro nesta guerra.
Zelensky deu a entrevista no dia seguinte.
Ele contou como foi a conversa e como reagiu à posição de neutralidade do governo brasileiro. “Não acho que uma pessoa pode ser neutra quando há uma guerra no mundo”, disse ele.
Zelensky, então, falou da Segunda Guerra Mundial: muitos líderes foram neutros no início. Isso permitiu, segundo o ucraniano, que os nazistas tomassem metade da Europa e pudessem se expandir.
“Não se pode ficar neutro, não se pode dizer ‘serei um mediador’; um mediador de quê? Entre quem? A guerra não é entre a Rússia e a Ucrânia, é a guerra da Rússia contra o povo da Ucrânia”, disse ele.
Zelensky e Bolsonaro — Foto: Reprodução
Isso porque, de acordo com Zelensky, os russos estão no território ucraniano. “Nós não chegamos a um acordo mútuo porque um país anunciou a guerra contra outro.”
Ele lembrou que a Rússia capturou uma parte do território ucraniano em 2014, a Crimeia. Essa guerra seria uma segunda onda de tomada de território.
“Esse é o significado de neutralidade, e por isso eu não apoio essa posição. Eu falei isso ao presidente (Bolsonaro)”, afirmou Zelensky.
O presidente ucraniano, então, disse que conta com o povo do Brasil. “Tenho certeza de que eles apoiam os mesmos valores que nós, não importa a língua que a gente fale, somos um mesmo povo”, afirmou.
Ele lembrou que no Brasil há descendentes de ucranianos (ele estimou que sejam cerca de 600 mil). O presidente pediu para que essas pessoas expliquem aos outros brasileiros o que está em jogo.
Zelensky disse que quer o apoio do Brasil, e que reagiria dessa forma se o território brasileiro fosse atacado.
“Se alguém capturar sua terra, matar seu povo, estuprar suas mulheres, torturar suas crianças, como posso dizer que sou neutro?” questionou.
A ideia de neutralidade, disse ele, permite que Vladimir Putin, da Rússia, pense que não está sozinho –e o intuito da Ucrânia é justamente tentar isolar a Rússia.
Bolsonaro afirmou que apoia a Ucrânia e sua soberania e a integridade do território do país. “Eu quero acreditar nisso”, disse o líder ucraniano.
Então, ele voltou a dizer que a causa da Ucrânia deve ser encampada por todos. “Do contrário, não é civilização, é só cinismo”, disse ele.
Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e sua esposa Olena Zelenska durante funeral de Leonid Kravchuk — Foto: Viacheslav Ratynsky/REUTERS
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